Ao anoitecer despeço-me
Do sol poente no horizonte
E mergulho no céu tisnado
De ouro e púrpura raiados,
Entre nuvens que se esfumaçam
Oscilando, em busca de estrelas
E da lua soberana que desponta,

Ocaso no infinito, ocaso do tempo,

Ao anoitecer despeço-me da realidade
Mergulho na imensidão dos pensamentos,
Que se desprendem como folhas de outono
Envergados pela nostalgia e solidão,
Rotulados de esquecimento

Ocaso da mente, ocaso dos sentimentos,

Ao anoitecer, sem rumo, sem destino
Mergulho nas brumas das noites frias,
Onde o luar preenche a alma vazia
E o único som noturno quase inaudível,
É a lágrima que cai lentamente

Ocaso da vida, ocaso do silêncio.
 
verita
Enviado por verita em 14/07/2011
Código do texto: T3094415
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