Fechado para balanço.

No compartimento das recordações,

Caixas fechadas com as piores delas,

Algumas lembranças misturadas,

Num canto, mofadas, as mais belas recordações.

Lá fora aguardam espaço as grandes recordações.

Começo por reclassificá-las.

Estranho!

Na caixa das piores,

Muitas belas, encontrei.

Limpando o mofo das mais belas,

Quantas delas se tornaram tristes.

Lá fora, as que pareciam grandes,

Só queriam ocupar espaço.

Das lembranças misturadas,

Muitas se tornaram recordações.

Deixei para o próximo balanço,

A sobra das lembranças.

Porque ao tempo cabe mudar as recordações,

E a nós, fazer sempre um novo balanço.

Jaak Bosmans 10-07-2011