O imaginário do Caos

Os vazios preenchidos com ruas estreitas

preenchem os valores vividos no tempo.

Marcas transcorrem os rostos

descritos na voz do silêncio...

... da rua... da cidade morta-viva... Viva!

Uma experiência veloz, silenciosamente,

atravessa a rua com o azul da chaleira na mão!

...são quatro lambadas que se faz em uma,

não escapa aos olhares atentos do Flâneur!

Eis que, do silêncio da experiência,

ecoa o brado...

... o grito suave da essência

nas rugosidades do espaço-gente.

A vida se eclode nos contos...

...nos cantos do eco produzido pelo odor...

... pela temperatura rosa dos casarões idosos,

revestida com piso de madeiras ocas,

ao qual se escondem ricos tesouros de encantos passados!

Um vaso idoso silencia-se

na denúncia da voz que surge ao fundo!

... O espaço descontinuado

que continuou parado em movimento,

no tempo emergido da memória.

... O flash do rio

interrompido diante da paisagem

transfigurada na presença do ausente:

Eis a ruptura do rio

que não é o Sena

com a cidade

que não é Paris...

auscultou o inusitado imaginado.

Eis o caos...

Eis o imaginário do Caos!

Wolney Jhákomo
Enviado por Wolney Jhákomo em 08/12/2011
Código do texto: T3377611
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.