O mundo na sacola

Bebendo bebedeiras inenarráveis.

Arrastando o mundo na sacola,

estava eu de novo

na mesma praça da Cantareira

Carregava conhecimento

ou conhecimento me carregava?

Estava eu de novo

naquelas luzes à noite.

Vendia liberdade e ansiava por ela

Estava eu de novo

me mordendo por dentro

para conquistar aquela dama

Lá eu era o Don Juan, o Don Geovanne da ópera,

lá eu era o herói

e ninguém podia comigo.

Estava eu de novo.

Nada que fosse maior do que eu

podia comigo.

Nada podia,

nada era maior do que eu...

Andava como um príncipe

e a dama era minha consorte-rainha

eu e ela andávamos

por qualquer praça sem dar satisfações

Arrastando tudo o que eu podia na sacola.

Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)
Enviado por Mauricio Duarte (Divyam Anuragi) em 24/04/2012
Código do texto: T3630338
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