@CHÃO DE TEMPO - Ruas antigas.
As paredes das ruas antigas
carregam histórias.
A cal escurecida, embolorada,
traz um canto de saudades.
Os olhos penetram suas trincas,
o pensamento viaja.
Lê-se em tijolos umedecidos,
as dores, as alegrias.
Os ouvidos, atentos,
têm a magia do sentir.
Os olhos descobrem
no lusco-fusco, almas.
De casa em casa,
semeiam-se,
devaneios, sonhos, mistérios...
Deus
se faz presente em um cão de guarda.