VELHA MORADA
VELHA MORADA
Quantas velhas histórias
Impregnadas entre paredes
E tantos eram os sonhos
Nas brincadeiras pueris.
A piçarra era o giz nas mãos aprendiz
Da criança esperta que observava,
Na ânsia de tudo aprender.
Da boneca colocada no sapatinho
Atrás da porta em noite de natal.
O irmãozinho menor que seus olhos
Afundavam com seus dedinhos curiosos.
A infância os amigos queridos, a rua o quintal.
A comidinha feita na lata de manteiga aviação.
Os irmãos mais velhos a nos paparicar.
O pai se foi... Na minha criancice.
A mãe atarefada no forno fazendo o pão.
Enquanto cuidava sozinha da nossa educação.
O portão o beijo do primeiro amor.
Ah! Quantas saudades trago nesse meu viver
E no coração a poesia querendo dizer.