Cadeira de Balanço

Meus medos são os da velha senhora

Que sentada em palhinha trançada,

Dizia o destino em versos do além.

Em poesia emprestada de irmão cantor,

Lembrava a saudade de infante morto,

Cantava a lira ingênua de bom comprador.

No dia em que a chuva me lava

E me mostra ao mundo,

Vejo-me sentada como velha senhora

Cantando sem saudades,

Dizendo poesias

Só minhas!

Sem ter ninguém para comprar.

Noemi de Carvalho Moura
Enviado por Noemi de Carvalho Moura em 17/06/2013
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