EQUILÍBRIO

Minha alma já foi amarela,

Amarela da cor do âmbar:

Equilíbrio entre o verde e o laranja!

E amarelos foram muitos sonhos,

Sonhos de felicidade,

Embriões de amor!

Minha alma já foi verde,

Verde da cor da palmeira:

Equilíbrio entre o amarelo e o azul!

E verdes foram muitas esperanças,

Esperanças de alegria,

Rações de amor!

Minha alma já foi azul,

Azul da cor do céu:

Equilíbrio entre o violeta e o verde!

E azuis foram muitas manhãs,

Manhãs de luz,

Clarões de amor!

Minha alma vestiu-se de muitas cores,

Aparências dos sentimentos do coração;

Porque eu tenho as cores do que sinto,

E não as cores das coisas que vejo;

Porque a vida é um pássaro multicolorido

De voo curto e destino certo!

O amor é um eterno ideal

Que procura na consciência dos sonhadores

Uma nova maneira de se realizar;

É uma infinita beleza

Que procura no talento dos artistas

Uma nova forma de se expressar!

Hoje, minha alma veste-se de branco,

Branco da cor da neve,

Da Via Láctea... branco da Paz!

Reflexo dos sonhos que me embalaram,

Estrelas idealizadas que me guiaram;

Expressão viva de todos os rumores

E de todos os silêncios dos meus sonhos!

Irmã dos caminhos incertos

E das chuvas que se precipitam de repente,

Minha alma viajou por muitos lugares,

Por muitas terras, céus e mares,

Sob luas sombrias e sóis risonhos;

Pairou sobre vastos campos de lírios,

Nadou em lagos de crateras vulcânicas;

Equilíbrio de cores nas imagens panorâmicas,

Foi também sombra, foi ausência de brilho!

Passaram-se semanas, meses e anos

No fluxo das águas ligeiras do tempo;

Hoje, minha alma flutua leve no vento,

Livre do tormento de pesados desenganos!

Carlos Henrique Pereira Maia
Enviado por Carlos Henrique Pereira Maia em 22/07/2013
Reeditado em 22/07/2013
Código do texto: T4398477
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