RESILIÊNCIA DO AMOR

Um ponto final em sua boca
A falta de chão nos meus pés
Travou meu amor em masmorra
A cena repetia-se em alto-revés

A vida sem graça
Perdas fatais
Imagens aniquiladas
Sinais de desgraças
Ausência de paz
Lágrimas transtornadas

A paixão deformada em um não
Fez refém da agonia meu mundo
Jogando a fantasia no porão
Meu olhar estático: moribundo

Insatisfeito não desistir
Plantei meus olhos em um ponto fixo
Sem precisar me deitar em divãs de pelúcia
A auto-estima fez morada em mim
Superar perdas: meu novo sufixo
Não me entregar elástico à penúria

Elastecido na força do ego
Concentrei-me em palavras de encantamento
Em outras figuras me apego
Músicas, sonhos, flores de amor novo-alento

Fertilização cruzada em empatia-superação
Reergui-me sobre a veste do ideal
Nas oficinas da alma criei cenários
Ornando o aspecto da nova criatura-emoção
Em mim, auto-estima superando o mal
E refiz meu amor em outros diários

Gilnei Poeta
Enviado por Gilnei Poeta em 29/04/2007
Código do texto: T468313
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