VELHOS E BONS TEMPOS

Velhos tempos, tão reais
Velhos dias de euforia
Que não voltam mais
Ficaram para trás.

Somos só remanecentes
De um passado notável
Os poucos seres sobreviventes
Dos que plantaram as sementes.

Fragmentos de indivíduos
Efervescentes por revoluções
Com ideais conflitantes
Em conjunturas variadas.

Movimentos por questões
De jovens então, ideologistas
Em seus conflitos sociais
Na luta pra mudar o mundo.

Já sem ressentimentos
Agora nesses novos tempos
Onde a letargia impera
Anestesiada em tecnologia.

Só restaram as lembranças
Que sutilmente se eternizaram
Transmutaram-se em esperanças
De tempos melhores, imaginários.

Denise Alves de Paula
29.08.13