Sensível e sua reflexão

Já se viu horas em que

Tudo o que deve fazer

É achar uma maneira de explicar

De se desculpar

Daquilo que se passou

Mas em sua alma marcou

Como apagar um histórico

Se ele é folclórico?

Todas as horas procurando

E a mesma história vai contando

Quero que tudo mude por um segundo

Pode isso, mundo?

Então começarei a falar de forma espontânea

Quem sabe você ache contemporânea

Isso foi logo num dia, sentindo isso na cabeça

E não havia pura certeza

Quando você está cercado

Mas ao mesmo tempo, sozinho

E você é maltratado

Por algum espertinho

Sente raiva subindo

Porém nada se pode fazer

Alguém já dizia

Quem faz o mal vai colher

Então você rema para outro lado

E aparece mais um ser inanimado

Querendo lhe julgar

Mas nunca a mesma coisa passar

Você pode falar quantas vezes quiser

Mas ninguém vai entender

E todo dia, sem expressão

Nunca houve comunicação

Claro, houve tensão

Muita pressão

Mas eu era o único que estava pronto

Para traçar o ponto

E me viraram de cabeça para baixo

Onde no chão, em perfeitamente encaixo

Com o meu pouco sangue

Percorrido pela culpa de uma gangue

Era apenas eu, encima de um objeto estranho

Mesmo ali eu apanho

Qual seria minha chance de revidar

Se suicidar?

Todos os homens são pequenos

E poucos deles tem corações serenos

Nunca quis deixar tudo de mão aberta

Deixava minha alma coberta

Ninguém entrava

Não dava minha permissão

Ninguém entrava

Apenas ''minha'' situação

Então eu chutava uma bola imaginando que iria embora com ela

Mas era uma vida singela

Que o carro me atropela

Mesmo que nunca estivesse em uma cela

Todos os dias, os mesmos 7 em cada semana

Os mesmo 30 em um mês

Como se eu estivesse em uma cabana

Com medo da cigana

Cuja qual, poderia me fazer mal

Igual, todo o animal

Daquilo que achava uma savana

Os garotos com a sua bandana

Nunca vivi em tempo complicado

Nem pobreza, mas me sentia machucado

Quando eu era abaixado

E me sentia ultrapassado

Quando chegou uma noite

Algo me disse

É a hora de correr e nunca mais parar

A hora de se mexer, e sempre se sarar

Então achei que ficaria mais sensível

Em um pesadelo terrível

Tudo o que fazia, era me afastar de problemas

Isso, apenas

Até eu sentia que podia fazer

Uma pequena mudança, um prazer

De ser eu mesmo, de ser

Do humano, pra crescer

Que ainda podia ter uma luz brilhando

Cujo ela, me iluminando

Seria a minha chamada, a minha gente

Meu maior presente

Para aqueles que podem sentir a dor

E saber que ela precisa ser sentida

Mas logo achar uma saída

E deixar sua vida corrigida

Gostaria de abrir um túmulo

E toda a raiva enterrar

Pois é o cúmulo, eu acho

De idiotas ser um capacho

Então vamos jogar o jogo que criamos

Viver o que esperamos

Sonhar o que amamos

Sentir chegar o som do trovão

E lembrar, essa é a SUA reflexão...

William Wallace
Enviado por William Wallace em 08/11/2014
Código do texto: T5027724
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