ALVORADA NO CAMPO.

Lindas eram as alvoradas,

Com o sol a despontar,

Já seguiam pelas estradas,

Mulheres que iam trabalhar.

Com seus trajes vestidas,

Seguiam sempre a cantar,

Pra ganharem suas vidas,

De sol a sol, iam trabalhar.

Moças e mulheres feitas,

Iam para o campo labutar,

Sem elas as colheitas,

Não se podiam realizar.

Nas ceifas ou vindimas,

Eram sempre as primeiras,

Sob os mais rudes climas,

Também iam para as eiras.

Trabalhavam sem parar,

Sob a vigia do manajeiro,

Pra mísero salário ganhar,

Trabalhavam o dia inteiro.

Era quase escravidão,

Todo o trabalho campesino,

Para enriquecer o patrão,

Que era tratado por menino.

Já passaram esses tempos,

Que recordo da mocidade,

Hoje sopram outros ventos,

Ainda há escravidão na cidade.

LuVito.