Recordações sobre se sentir vivo.

Gostaria de ouvir uma voz, uma voz amiga me falando o quão bom eu sou...

Mas as ideias parecem estar fugidas e não tem ninguém ao meu lado,

Sozinho!

Eu queria ouvir que ainda sou capaz, mas não se pode ouvir nada quando sua mente está vazia.

Bem, trague-me um cigarro e conte-me uma história qualquer, qualquer coisa tocante serve, consigo escrever sobre a vida de outros... Mas tenha uma vida, simplesmente não faça o que ando fazendo agora, não vivendo.

Ah, o que aconteceu com sair todas as noites, encontrar os velhos amigos, beber, curtir, falar merdas noite afora... Acho que estou ficando velho, me mudei pra uma cidade grande e de algum modo me sinto mais sozinho aqui do que no interior onde eu morava.

Cidades grandes sempre veem acompanhadas de uma solidão, de portas trancadas, de custo de vida. Tudo poderia ser mais simples, poder ir aonde quiser com suas próprias pernas.

Deveria parar de ter ataques de nostalgias, mas essa é a única parte que alimenta uma continuação a minha própria existência. Eu vivo por recordar, vivo para lembrar, certas coisas não se apagam com o tempo... Apenas abrace-as e siga em frente. Nada mais será como costumava ser, esse é o dom do tempo, da vida, das pessoas, tudo muda... Na maioria das vezes sempre para pior, mas que se foda toda essa merda... Pois viver é recordar. Recordar que um dia todos já se sentiram vivos!

João Bezerra Do Nascimento Neto
Enviado por João Bezerra Do Nascimento Neto em 24/06/2015
Código do texto: T5288872
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