Quando o Domingo Nasce.

Quando o Domingo Nasce

A cortina fecha

A madrugada,

Aos corpos cansados

Nos êxtases das camas

E nas alegrias dos copos.

Os braços abrem-se

Aos abraços

Das despedidas.

E o delírio do sol,

Empresta a luz

À cafeína,

Na boca trêmula

Da bailarina.

Os olhos achados

E perdidos

Voltam ao tempo

Antes do espelho.

Os lenços de papel

Recolhem as marcas

Desfeitas na face.

O domingo nasce

Na ressaca, nos molhos

À mesa. As lembranças

Dançam pelos pratos.

E no tilintar das taças

As esperanças adiadas

Desejam o próximo sábado.

MAReis
Enviado por MAReis em 15/11/2015
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