Contando Carneirinhos

Sentadas na calçada

A cabeça voltado para o céu

Vendo nuvens às tardinhas

À procura das nuvens baixinhas

A formarem uma cortina

Transparente, qual gaze

E o vento as soprava

Dividindo em pequeninos

E milhares pedacinhos

Formando no céu

Rebanhos de carneirinhos

E à noite, quando o sono demorava

Eu lembrava de nós na calçada

E tentava contar naqueles rebanhos

Quantos carneirinhos a gente encontrava

Hoje, mamãe, contar carneirinho

Já não tem a mesma graça

Falta sua presença e a alegria

Com a qual vinha nos entusiasmar

E toda tarde aquela brincadeira

Protagonizar.