Soneto da descoberta

Descobrir é brincar de se esconder

Para espiar vendo as coisas de longe

De repente surgir não se sabe de onde

Trovejar feito nuvem para chover,

Sem pressa os momentos desnudar

Ao pé da letra, como criança sem jeito,

Não parar diante de seu maior feito

Revirar-se feito terra para plantar,

A espreita nas entrelinhas se ajeitar.

Ler ao contrario, mudar seu olhar,

Enxergar feito criança de ponta cabeça

Espernear até a resposta encontrar

Pelo avesso se necessário virar

Crescer feito raiz para se sustentar