UM TRISTE OLHAR


Havia ali, um jardim aconchegante,
Fulgores, muitas cores estendidas,
Havia um eu participante,
Que brincava de sonhar com a vida.

Havia uma encantadora pequena,
Que passava, me olhava, sorria
E seguia balançando a melena.

Havia ali, na minha pobre infância,
Uma poética, uma nobre consonância,

Uma proximidade com a fantasia.


Havia ali, a ressonância da liberdade,


A ausência da mesmice, a meninice,
A oceânica intepridez de Ulisses,

Havia a cumplicidade com o vento,
As asas evoluídas na imensidade,
A possibilidade de eternizar o momento.

Havia ali, entre tantas coisas, o amor,
Realçado na minha simples existência.
Já não há, não há sonhos, não há esplendor,
Há um triste olhar, que desfia reminiscências.
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HLuna

SURPRESA 

Tive uma grata surpresa,
ao chegar aqui e ler,
o teu poema, que beleza:
melhor não podia ser. 

Alegrias quero ter,
afirmo com toda certeza.
Tive uma grata surpresa,
ao chegar aqui e ler. 

Contemplando a natureza,
me encanta o amanhecer,
vejo a vida com clareza:
tenho muito que aprender.
Tive uma grata surpresa...