COLHEITA

Hoje acordo e me detesto,

no abandono que busquei...

Nada pode ser tão mesto

que este fim a que me dei!

Para amar eu já não presto!

Destruí o real do que sonhei.

Te tinha e não via o resto...

Hoje o que tenho não sei...

Como ningém eu fui amado,

como poucos desejado

e sorrindo fiz chorar...

Agora eu choro sozinho,

perdido por um caminho

que pensei nunca passar.