Bateu Uma Saudade

Aqui na cidade onde moro

Até hoje não me acostumei

Eu tenho saudades da roça

Lá onde nasci e morei

Muito jovem vim morar na cidade

Mas um pedaço de mim la deixei

Eu era ainda criança

Por motivo justo, meus pais respeitei

Sentado aqui na varanda

Entre os prédios sombrios eu olhei

Vi o horizonte la muito distante

E nas boas lembranças eu viajei

Fechei os olhos por um instante

Para o sítio me transportei

Vi o pomar de laranjeiras

Igualzinho como deixei

Seu perfume inigualável

O milagre acontecendo

Zig-zag das abelhas

E a laranjinha nascendo

Tudo la é poesia

Basta querer enxergar

Bem no canto do ranchinho

Beija-flor fez o seu ninho

Onde havia dois filhotes

Começando a empenar

O capricho do seu ninho

Forradinho de algodão

Aquece o filhote no inverno

Até chegar o verão

As lembranças são muitas

Preciso parar de pensar

Até hoje me inspira as poesias

A emoção vem daquele lugar...

João Luis de Oliveira
Enviado por João Luis de Oliveira em 25/06/2022
Reeditado em 19/04/2023
Código do texto: T7545692
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