Preta Maria, vendedora de cocadas

Quando era adolescente

vivendo em Recife,

capital de Pernambuco,

no bairro onde morava

totalmente periférico,

tinha uma mulher de meia idade

por todos na realidade

conhecida e chamada

simplesmente de preta Maria,

que, durante todo dia

ao lado de um pequeno mercado ficava

inicialmente vendendo

somente cocadas de dois tipos,

tanto marron como branca, de fato,

passando depois a vender água de coco,

e menos de um ano depois

passou também na hora fazer

e, naturalmente vender também tapioca

e, quando realmente ninguém esperava,

fez umas mudanças na sua casa

e, aproveitando o grande quintal

construiu uma enorme cozinha

e, passou a fazer numa maior produção

tudo que outrora ela fazia

mas, aumentou o seu cardápio

para vários tipos de bolos, pastéis,

como também começou a vender

o chamado quentinhas,

que na realidade são pratos prontos.

Quinze anos depois quando por lá passei

francamente me animei por saber

que, agora era chamada de Dona Preta,

mas não mais cozinhava,

apenas controlava o seu negócio

e já possuía dois restaurantes próprios,

e nao mais morava na casa que conheci

mas sim em Olinda,

onde os seus restaurantes

também estavam, de fato.

Silvio Parise
Enviado por Silvio Parise em 29/04/2024
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