Janelas D'alma

Em pedra confidente

Com os pés descalços e o coração frio

Falo, me calo e esvazio a mente

Deixo o meu corpo cansado, à margem do rio

Meus olhos caminham pela encosta, à frente...

Montanha abraçada e sufocada pela solidão

Abandonada, em meio a tanto silêncio...lassidão

No alto, os teus olhos recebem os meus com alegria

Eles se agarram e não mais se separam, como mãe à cria

Imensas janelas são abertas, além desse horizonte

Descortinando no infinito, a água cristalina

Na beleza dessa fonte,

Que repousa em tua essência, que me alucina

Crianças brincando em tardes de sol; lembrança distante

Campos soprados por brisa em noites de luar; quanto amor

Chuva fina beijando teu corpo, doce sabor

Flores acariciadas pelo tempo, eterno amante

Em pedra confidente,

Abraçado às tuas lembranças

Adormeci, sonhando...

Juarez Florintino Dias Filho
Enviado por Juarez Florintino Dias Filho em 13/03/2008
Código do texto: T899225