"Diante do Mar"

Sentei-me diante do mar,

praia deserta, madrugada.

Pensava em tudo e em nada,

as idéias em desalinho.

Meu coração pulsava,

feito uma bomba relógio

bem perto de explodir,

e eu indecisa: chorar ou rir?

Um misto de liberdade e leveza

tomava conta de mim.

Me fazia voar tão alto,

como a provar que o céu não tem fim!

Lá de cima, eu via a cidade,

Tão pequenina vista de longe...

sobrevoava uma ilha,

olhava bem perto o farol...

Alguns barcos, ainda nas águas,

a bordo, os seus pescadores,

trazendo o farto alimento,

sustento de suas famílias.

Que alturas!

Meu Deus, que distância!

Um eu ali, um outro eu lá.

Flutuava entre as nuvens,

que mais me serviam de carruagens,

Onde eu tranquila me encostava,

e feliz me deleitava.

Sonho ou pesadê-lo?

Voar e sobrevoar...

Seguia um doce chamado,

ouvia e ia, sem titubear.

Mas que era lindo, ah...isso era!

O sol já estava raiando, quando eu diante do mar,

extasiada me perguntava :

- Teria sido apenas quimera?

Eliana Braga

Gaivot@

16/07/05

Cps/SP

Eliana Gaivota
Enviado por Eliana Gaivota em 08/02/2006
Reeditado em 03/04/2006
Código do texto: T109238
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