SALGADURAS

No beiral do tempo
As cores,
São dores enroscadas
Em um arco-íris suspenso.
Enquanto na tela dos olhos
Surgem margaridas,
Papoulas e dálias,
Falhas pétalas entre as rodas
Que movem os dias.
Por sobre ombros nus
O suor escorre,
Sal da pele
Ardente, cedente
Salmoura na tessitura
Das línguas que se lambem
Em sonhos
Enquanto se refestelam
Nas casamatas,
Masmorras de vidro espelhado
Por onde passeiam
Os meus pés sempre descalços.
Luciah Lopez
Enviado por Luciah Lopez em 10/08/2008
Reeditado em 14/08/2009
Código do texto: T1122139
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.