LUDIBRIANDO O LEITOR QUE ESPERA.
Nova obra...novas páginas...de velhas histórias
Narrar um novo acontecimento do passado
parece tão longiquo,
permanece tão remoto das linhas que estão
a espera do digitar que não acontece.
Espaçamentos sem utilidade,
pontos sem nó e nem identidade,
cadê o barulho frenético do teclado?
Enquanto o ícone figura piscando na margem esquerda
desse espaço vazio, solitário que ainda está em branco.
Discorrer sobre o que não passa
como um filme reprisado de forma fragmentada
por cenas que não estão a se repetir,
a tecla que voltaria a fita do que passou
travou, não consegue retornar ao lugar de onde parou.
O que fazer se não há o que escrever,
as glórias do passado foram esquecidas,
momentamente poderiam ser revistas,
mas sem recursos, o que poderei fazer?
Senão tentar ludibriar o leitor que espera
o fato que aconteceu,
mas que não se realizou na página
que ainda permanece em branco dos acontecimentos
pela mente bloqueada dos problemas seus...ou meus?