Imaginário

Todos os dias me pego silvestre

No ar um perfume campestre

Por mais de um segundo sou sem mundo!

Atiro-me em um lago profundo

Distante do fundo da consciência

Sentindo-me incônscio

Receio voltar.

Lá a liberdade está, sem direito de pensar

Equilíbrio e desmundo

Pra se encontrar.

Revoltas no mar, vivo sem pensar

A não ser na liberdade

De voar e plantar.

Ao adquirir livre forma, durmo

E não vejo o que para mim formaram

Quero apenas fugir.

Alívio e brisa me entorpecem do lado de lá

Vou e vou sem pressa de chegar

Sem hora para voltar.

Ficar não me convém

Partir me faz bem

E absolutamente nada me detém!

Mundo imaginário de ruas simples e curvas retas

De sonhos perfeitos

Com dias estrelados e noites ensolaradas.

Aqui os detalhes, nele a irrealidade

Esqueço-me de mim

E do momento que parti.

Mais uma vez nele me torno refeito

De tudo que desdenho

E não pretendo viver do seu jeito.

Acordo, desperto

Na sombra daquilo, aquele martírio

Que para mim não imagino!!

Khall Alves
Enviado por Khall Alves em 17/12/2008
Reeditado em 27/08/2014
Código do texto: T1339577
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