Memórias Urbanas(1)

Memórias urbanas em minutos sangrentos

Rimbaud tomando arsênico e vomitando putas

deixando uma nódoa no céu de entranhas

Cristo manco cuspindo mentiras

em um espelho ressureto

estigma de anarquista sepultado

em cemitério de mil fracassos

travestis usando vestidos angulares

sob a máscara da beleza

bêbados escoando o universo

em forma de azul-néctar

saltimbancos cortando mãos etéreas

trems arrombando edifícios mascarados...

POETA SURREALISTA
Enviado por POETA SURREALISTA em 27/05/2006
Código do texto: T164251