Espaços Suspensos

Garimpo uma dissonância

de velhos ciprestes largos,

empurrados pela erosão

dos conflitos surpérfluos.

Um sortilégio sonolento se vai,

precipita-se rasgando no abismo.

O voo rasante é tragado

pelas frestas pálidas fustigantes.

Há um sortimento de refúgios,

aqui, acolá, desatinados e revoltados,

que repousam turvelíneos

na suspensão dos espaços.

São Paulo, 14 de julho de 2009.

Marcela de Baumont
Enviado por Marcela de Baumont em 20/07/2009
Reeditado em 20/07/2009
Código do texto: T1709445
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.