Vultos tísicos

Sombras furtivas,

vincos corporizados,

aromas rutilantes,

rumos frisados.

No choro, vejo clarões,

na rua, deparo-me com prantos,

no cais, move-se a nau.

O relógio é o novo vilão.

Erguem-se vultos tísicos,

não me deixam só.

São os ponteiros retirantes

que com desdém fogem do sol.

São Paulo, 14 de julho de 2009.

Marcela de Baumont
Enviado por Marcela de Baumont em 27/07/2009
Código do texto: T1721601
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