UM GRITO DE LIBERDADE

acari...arirì

sucurí...carirí...

o meu grito vai de índio...

pela selva...um tarzan...

numa voz...eco trovão...

gritando bem alto

como um louco alucinado...

sendo o vento um guerreiro...

sacudindo as poeiras

as entranhas...indo teias...

sacudindo as aranhas...

vento lá no caranguejo

puveriza todo o fel

vento sopra o meu grito

vai voando de araponga

na carroça pega uma ponga...

vai no grito do gavião

de carona no avião

vai no canto do sofrê

vai no canto do azulão

vai no canto da asa branca

do canário e curió

disparando em cinco vil

viajando no Brasil

sendo ele um grito de índio

pela selva um tarzan

gritando em alta voz

derrepente faz a curva

sem saber que direção

como que dentro do furacão

na fúria da tempestade

gritando indo à vôo

gritando alto e com coragem

gritando como um louco...

gritando liberdade!