RENASCIMENTO

Qual por do sol

Renascem em mim cores fartas

Matizes soltos

Em colorida confusão

E eles, mudos;

Cheios de silêncio

Assistem pasmos à transformação

Qual areia

O amor esvaiu-se por minhas mãos

Qual aguardente

Sua falta ainda queima em meu corpo

Qual ar rarefeito

Procuro-te em todos os vãos

e

Sem encontrar

Chego exausta à superfície

E enfim...

Respiro profundamente.

Logo ali, à beira do rio calmo;

Jazia agora a morta nua

Mais à frente,

Na paisagem multicor

Renascia um novo ser

Tudo ainda estava por vir

Na mulher criança que reascendia a sorrir...

Adriana Alves (Poetisa Lancinante)
Enviado por Adriana Alves (Poetisa Lancinante) em 19/10/2009
Código do texto: T1875269
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