A Princesa Asteca
Olhe a vastidão que em breve será vermelha,
pois nada mais há entre a fé e a espada,
olhe para as últimas flores do teu olhar,
minha princesa, há apenas o elo entre nós e o céu!
Fui teu escudeiro, das tuas batalhas o mais fiel,
quando a falange miserável derivou a direita da torre mãe, todos os teus guerreiros que alí aguardavam,
foram sufocados com ordens de morrerem por ti, e morreram!
Vês que colares estranhos são tuas jóias agora?
As águas, riquezas de uma geração que acostumou-se a ti, jazem vermelhas, como vermelha será a terra que pisaste, e teu povo, espera a hora de pedir perdão e partir!
Minha princesa, serás o ultimo sangue real a derramar,
há muito foram os teus nobres, saindo das masmorras para a eternidade, do júbilo de ser amado por todo um povo dedicado, para a miséria de aceitar uma morte indigna e cruel!
Minha princesa, vês esta última noite do teu reino,
o cinza destas névoas que beijaram teu último dia,
Princesa, o céu te aguarda, pois que foi justa e caridosa,
e quanto a mim, farei risos desta morte desdenhosa,
foi tão belo o nosso reino, e vermelho desfalece,
diante da covardia de Castela e os seus.