A Descoberta

Não entendo...

O sono de dentro partiu

e eu fiquei sozinho imaginando:

Montanhas, lagos, rios...

Flores, árvores com brio.

Imaginei a brisa

e um ser tão juvenil

que me dava sorriso,

que me dizia uma palavra

tão doce, tão gentil.

Não entendo...

Ouço os cães latirem,

os tique-taques do relógio

e um zumbido a mil.

O rosto permanece estático

no meu mundo fantástico,

tão meigo, tão dramático,

tão duro e mercantil.

O nome permanece

na cabeça que não fenece

por pensar tanto no que viu.

Não entendo...

Quero dormir!

O sono bateu, mas ninguém sentiu...

“Acho que já estão dormindo...”

O galo cantou,

o corcel galopou,

o dia raiou,

mas o pensar não fugiu.

Talvez eu entenda

e receba uma prenda

por saber que foi meu amor

que a noite escura viu...

07/05/02 2h03min

Cairo Pereira
Enviado por Cairo Pereira em 11/01/2010
Código do texto: T2024219
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