Razoavelmente felizes

Razoavelmente felizes

Toda vez ,

Me surgem horizontes em caracóis

Me trazem aladas flores engessadas

Arrebentam-se com gemidos as correntes de ar

Fecham-se as portas de minhas aventuras

Espalham-se brilhos entre profecias e inventários.

Toda vez,

Me enganam com sorrisos de implantes

Fazem -se musicas em pedra-sabão

Descascam castelos de areia e brita

Perdem-se entre laços, esporas e gritos

Permanecem imóveis quebrando silêncios e sentenças.

Toda vez,

Te grito em socorro por baixo-falantes

Te abano de longe com bandeiras transparentes

Desnudo minha alma em puro transe fluorescente

Te escolho entre asteróides cometas e radiações

Para juntos cairmos no vazio desse tão pequeno infinito.

“...e assim viveram para sempre, razoavelmente felizes.”

Jaak Bosmans 9-02-2010