APARATOS
Do alto da torre
uma parede cega nos vasculha...
medindo pedestres de cima a baixo,
açoitando sedativos do pensamento.
Em frente um ermo estendido,
poucas medalhas se avistam.
O papel está maculado de nanquim,
de batom vermelho.
A bolsa carrega minuciosidades
em seda chinesa e leques.
Ar rorejante, frígido...
espasmos de olheiras vibrantes.
No pestanejar do relógio,
relíquias lívidas se debruçam.
São Paulo, 8 de março de 2010.