POÉTICA
Para se estar preso não precisa de grades
Elas são tão indecifráveis ao redor
O obre sabe que nas cordas as marionetes obedecem
Quando a realidade nos palcos traduz a peça o infeliz sem rumo corre aflito sabe bem que tão frágil está que nem decisão ou opinião consegue tomar
Um turbilhão de dedos milhões de acusações
A vida medida corre em linha reta mas o mundo circular nos coloca para dançar
Esta dança frenética cheia de falésia assim o lobo é laçado o pasto dizimado
Tanta dor e tão antiga as normas dadas continuam a comandar
O passado ainda presente o futuro onde está
Inconstante navega aquilo que foi
Esqueceu que tem máscara e há muito não vê
Estão na sombra da roupa no varal NL