Distante da minha cura
Definho no repuxo do rio
Rodo no redemoinho
Qual galho de folhas mortas
Ao sabor da correnteza
Afasto-me do meu mundo
Há desordem em meu ego
A mansidão da loucura
Acalma a minha resistência
Deixe-me sofrer em paz
Lançado ao submundo
No eco da solidão
Na aridez das dunas
Além das praias desertas
Vim da foz da água doce
Resto de árvore
Caída no mar revolto
Salgado , amargo,
Não me resgate,
Apenas olhe
Meu coração vai a pico
Afogo-me
E assim, descanso
No leito profundo
Desta insensata existência





Dego Bitencourt
Enviado por Dego Bitencourt em 11/10/2010
Reeditado em 21/10/2010
Código do texto: T2550140
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