A PRIMEIRA VEZ QUE SONHOU

Deu de alcançar as cumieiras

olhos em ramas

cuidadosamente postas

no íngreme das horas.

Ilusão vasta

delicada renda

de tecer asas.

Pulsavam chãos

e a raiz

rompia o gesto

mas não alcançava palavra.

Janela e longe eram iguais

aparavam alvos

itinerários

como sorte de quem trilha

o nascente imaginário

da alma tenra.

Célio Pedreira
Enviado por Célio Pedreira em 06/10/2006
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