Tua escrita

Mesmo que eu pinte tudo de vermelho

Ainda é azul meu tempo..

Até quando o doce mais doce me chega à língua

Ainda é salgado meu paladar...

Falta corpo ao meu imenso arsenal de cicatriz

Que entorne a água, que a gota final chegue

Gosto de me afogar em teu sorriso

Escreve no espaço do meu corpo

Sangrentos poemas de amor

Sem querer decifrar códigos

Ou entender meu espírito conturbado

Abraça-me com torturas escondidas

Leve depois disso tudo o cheiro

Sem perfume sigo em frente para mais uma batalha

Feito água lavo teus olhos

Sigo em frente para te fazer viver

Sem mim...

Ana Maria de Moraes Carvalho
Enviado por Ana Maria de Moraes Carvalho em 16/01/2011
Código do texto: T2733473