SABORES DOS PRAZERES e TODOS OS PRAZERES (c / CALLIOPE)

Prazeres...

Pequenos instantes saboreados ad eternum.

Dos mais ignaros sabores sabidos

Os que me comove, ou os que revolvem meu ser

Saberes proferidos ao vento devastador

Sacode a árvore onde os segredos estão fincados

E onde a raiz ao meio cortada

Ainda assim nos da prazer.

A mim o prazer de te saber

Que ao fugaz momento que te demove

O lamber as mãos em gesto instintivo

Aos sabores do alimento libado

Das pontas dos dedos sentir prazer

Sabores proferidos em fugaz momento

São os prazeres que te demovem saber

Que trincar o veio em belo matiz ao meio

Do que querer em lascas perecer

Em tal gélido mármore...

Ainda assim sentir prazer

Saber o que te comove me dá prazer

Prazer nos cristais que cria

Em despertar o cio que te revolve

E te livra do frio que te demove...

Ah! Saber os sabores dos teus prazeres

Isto sim me dá prazer...

Texto em sintonia com o meu, ou o meu com o teu... um estado da alma. Todos os prazeres que dispomos numa interação. Fico comovido com a beleza do que escreve, obrigado, pelo dengo todo especial... Dengos e prazeres, xeros. Cally isto é uim belo presente para mim.

TODOS OS PRAZERES

Profiro do que me comove

Porque é tal devastador vento

Dos que me fazem querer tal árvore em várzeas crescer

Fincar meu segredo

Mesmo se mi’a raiz for cortada ao meio

Inda assim dá-me prazer

Profiro do que me revolve

Porque é tal saboroso alimento

Dos que me fazem o dorso das mãos lamber

Libando as pontas dos dedos

Mesmo que pareça instintivo movimento

Talvez por isto dá-me prazer

Profiro do que me demove

Porque é tal fugaz momento

Dos que me fazem querer tal gélido mármore em lascas perecer

Trincar meu veio

Mesmo com meu mais belo matiz em meio

Inda assim dá me prazer

Dá-me prazer o que me comove pelos cristais que crio

Dá-me prazer o que me revolve por despertar meu cio

Dá-me prazer o que demove por livrar-me do frio...

Callíope