Portas Entreabertas

Então as portas são mostradas.

E o caminho escolhido

É um lugar de blue e sinfonia.

Passos leves, duros, ultrapassam

Portas que pesadamente se fecham. BAM!

Faz barulho no lugar vazio e silencioso.

Entra uma manada de lobos e porcos,

Famintos, chegam cavaleiros em cavalos

Fazendo ecos no vazio silencio.

De portas em portas vão entrando gente

Sem pensar em caminhos,

Abre, abre corre pessoas aceleradas.

E eu espio, entre portas entreabertas,

Minha indecisão me machuca

Em não entrar num caminho de desilusão.

Um ancião pisca seu olho para mim

E atravessa a porta, um soldado da guerra ferido

De bala no peito atravessa numa maluca marcha

E uma loira menina me entrega uma rosa

E desaparece entre as portas entreabertas.

E a indecisão que me prende

Não sei quais portas escolher.

Dou uma olhadela,

Há muitas para serem escolhidas,

Esqueço o tempo,

Sou espião entre portas entreabertas.

Rodrigo Arcadia
Enviado por Rodrigo Arcadia em 10/03/2011
Código do texto: T2839571
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