POESIA SURREALISTA
POESIA SURREALISTA
Da vida, tudo passa, nada permanece,
Tudo e todos são moídos pelos tempos,
Acionado pelos moinhos do Cosmo
De propriedade dum industrial Onipotente
E transformados em farelo de Contratempos.
O farelo dos Contratempos, gera células
Para produzir melhores tipos de vidas,
Tanto materiais como espirituais
Num processo de aprimoramento,
Com a validade por elas requeridas.
Os resíduos são novamente reciclados
Em moinhos de alta rotatividade
Em processo evolutivo de aprimoramento,
Moídos num período de tempo de vida
De acordo com o nível de sua qualidade.
Os produtos finais do farelo de Contratempos,
Voltarão então para o armazém do Céu
Cujo destino só o Onipotente sabe,
Talvez retorná-los aos moinhos
Até redimi-los dos contratempos.