Está tudo em algo pequeno, delicado e traiçoeiro
Não posso nem mesmo jogar para longe de mim
Há em você o poder e a absoluta incapacidade
Poucos te percebem presente todo o tempo
Falam de você como um canal que eterniza ou apaga
Não é bom ter você, sabe?
Você ataca e destrói a hora que quer
Você se vinga e não adianta te vigiar
Quanto mais te dou atenção mais mal você me faz
No tempo que não te reconhecia você me deixava em paz
Mas num dia você quis se mostrar para mim
O pequeno tornou-se gigante e poderoso
Venho te carregando em meu peito a despeito do meu querer
Você não pediu para se instalar, apenas alojou-se como dono
Senhorio do meu corpo que minha mente se pensava proprietária
Agora sei que quem paga aluguel sou eu em mim mesma