MULHER DE PEDRA, NUA E "DECEPADA"

Nua, de beleza plena

Descansas agora, decepada

Sobre o lancil das avenidas

Que te viram sorrir.

Ergues a tua sensualidade

Sobre os teus braços ausentes

Quiça perdidos

No limiar das carícias geladas

Que fizeram de ti

Mulher de pedra.

Foram teus os abraços sentidos

As noites de volúpia adivinhada

No teu corpo curvilíneo

De Primaveras rasgadas

Sob o estremecer das madrugadas

Em delírio.

Olhares ansiosos

Repousam sobre os teus ombros

Num despudor ousado

Com que continuamente te desvendam

E desnudam

Ostentando a tua face de mulher de pedra

Decepada e gélida

Na incógnita do saber

Se o teu coração

Ainda arde de amor.

Josalvespt
Enviado por Josalvespt em 07/08/2011
Código do texto: T3144423
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