Anjo Dourado

Não via o anjo dourado,

Até que reluziu seu brilho

E ele estava ali...

...com seu banjo observando-me.

...com seus cabelos de ouro espreitando-me.

...com fino véu citrino escondendo sua nudez olhando-me.

De repente,

Seu olhar safira

Encontrou com o meu castanho.

Reagimos.

Ele tocou seu banjo.

(Deu-me uma vontade safada!)

Ele dançou ao sabor do vento

Que queria roubar-lhe seus cabelos em fios preciosos,

Que lhe tirou o seu véu.

Nudez.

O Anjo Dourado nada mais era um reflexo.

Raio de Sol,

Metálico.

Ele sorriu para mim e eu lhe correspondi ao riso.

Éramos nós mesmos:

Anjo, Raio de Sol,

E

Eu, carne putrefata.

L.L. Bcena, 16/04/2000

POEMA 453 – CADERNO: GUERRA DOS MUNDOS.

Nardo Leo Lisbôa
Enviado por Nardo Leo Lisbôa em 10/10/2011
Código do texto: T3268556
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