Guerreiro do amor

Eu quero uma sombra que me conforte
Quero um gramado que me comporte
Quero um alívio para este sol tão forte
Quero um bálsamo para fechar esta ferida, este corte

Eu quero por um pouco me livrar desta pesada armadura
Quero por um momento não ter que usar este escudo
Quero um poucochinho descansar minha mão desta espada que perfura
Não me render, mas como guerreiro por uns minutos esquecer de tudo

Eu não quero pensar no quanto ainda tenho que lutar
Nem nas batalhas que pela frente ainda terei que travar
Eu não queria mais me ferir, tampouco a outrém machucar
Eu queria apenas uma trégua, para respirar e me refrescar

Se querer assim é muito e não consigo
Eu também já nem me incomodo muito com isto
Se tendo descanso ou não, prossigo
Às vezes me desconheço, de que lado estou até esqueço, é um misto

Assim é a guerra travada de quem se vê neste campo minado
Onde cada passo dado é uma incógnita, se seguro ou arriscado
Mas em cada ocaso percebo que o calor do sol foi até aliado
Para aquecer além da pele, este meu coração que precisa ser mimado.








Lael Santos
Enviado por Lael Santos em 16/10/2011
Reeditado em 19/10/2011
Código do texto: T3279573
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