Nem sou tão poeta
Não faço rimas
todos os dias,
nem sou tão
poeta assim,
nem faço disso
o meu serviço,
as vezes as palavras
passam por mim,
chegando ao papel,
as palavras frias,
ganham o sabor do mel
e me levam ao céu.
Qualquer que seja a dor,
por mais forte e cruel
e o sentimento ou dessabor
_Amargo como o féu,
acaba-se então
em rimas, com paixão
levando paz,
ao coração.
Transformo; ódio em amor,
espinhos em flor,
tristeza em alegria,
pondo fim ao torpor.
A vida ganha cor,
o dia tem sabor,
agora o prazer
é sem culpa e sem dor.
A luz acaba com a escuridão,
a desavença, vira tesão,
pleno de felicidade é o "mundão!"
que delicia, é essa senssação!
Rapida, como um avião,
lá se vai, a inspiração,
volto então, ao normal,
_"Ela," se foi afinal!
Chegou, passou por mim,
deixou-me extasiado. Assim
a poesia acabou enfim,
acabou? Então, é fim!