Dunas e desertos

Nas dunas e desertos da minha existência

No árido terreno do tudo que temo

Deixo rastros de dor e incerteza

Ventos varrem-me a paz

A dor se satisfaz...

A solidão se funde

A vida se confunde com um certo morrer de mim

Estou sempre vivendo um fim, para recomeçar?

Em meus novos eus,na dor dos erros teus,vida...

Quero-te refeita ainda que rarefeita.

Sei que no momento sou reles mortal

Quero ser do mar da vida o Sal

Quando tudo que sou

É nada.Mas mesmo que pó

Insisto, apego-me.

Quisera eu ter toda resignação

Desprendimento,desapego

Mas se não os possuo

Será que por amar tanto à vida?

Quem sabe à poesia de cada amanhecer...

Seja lá como for,

Seja lá para onde for

Em alegria ou dor

Que a vida me leve

E eu possa observar as dunas e desertos

As passagens e miragens

E que eu lembre e relembre

Os portos e caminhos

Direitos ou tortos que percorri

Os passantes e instantes da felicidade ilusória que viverei,antes do fim.

Elenite Araujo
Enviado por Elenite Araujo em 27/11/2011
Reeditado em 27/11/2011
Código do texto: T3360075
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