Ninguém sabe, ninguém viu

Foi rápido - até demais;

porém sensato ao segundo toque.

Não havia amor, nem paixão

apenas uma ternura plena

de antigas melodias.

A calmaria transporia o afeto

porém não houveram berros viscerais:

os lobos não uivavam,

apenas gatinhos miavam aloprados,

nada mais.

Ali quedavam-se: translúcidos,

estagnados.

Pareciam-se como ratos

a mordiscar fatias de

queijo prato.

Ninguém sabe; ninguém viu.

O que se passou com eles?

Nada se soube

além daquele silêncio

amedrontado.

DÉCEMBRE, 21

Aura Ksna
Enviado por Aura Ksna em 21/12/2011
Código do texto: T3400034
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