Reuniao dos Poetas Mortos

Era um dia de estrema melancolia

Pássaros não voavam

Bois não pastavam

Nem cavalos cavalgavam

Não era um dia comum

Era um dia que parecia noite

Tudo escuro e com neblina

Não avia mais poesia

Era dia dos poetas mortos

Grilos e Mariposas

Abelhas e Marimbondos

Ninguém nada fazia neste dia

Mais somente em um velho casebre

Em uma pequena montanha

Chamada Belzebre

Havia luz acesa

Acontecia ali

A reunião tão esperada

De todos que já morreram

E os que não sobreviveram

As catástrofes que sempre vivemos

Reunião dos poetas mortos

União do bem com o mal

Do certo com o errado

Do amarelo com o vermelho

Não entrava a vida

Nem a rosa sobrevivia

A tão grande melancolia

De quem morreu

E fazia presente naquele dia

Medo não se sentia

Mais ninguém insistia

Em adentrar naquele lugar

E participar da Reunião dos Poetas Mortos

Thiago dos Santos
Enviado por Thiago dos Santos em 14/01/2007
Código do texto: T346270