FINDA MUNDO, FIM DA POESIA

Se o mundo terminasse hoje

Pareceria que as ideias fogem

E os arautos seriam autos

Das mais puras besteiras.

Ninguém saberia buscar sua essência

Folheando páginas de revistas,

Procurando pistas que explicasse a insanidade...

Que tal vossa majestade saborear feijão com arroz?

- ninguém se opôs, mas prefiro camarão!

Muito macarrão de letrinhas feito de farinha

Escreveriam vossos testamentos

E em cada momento

Em que a fila movimenta

Outras ideias sustentam aquele ranger de dentes.

Mas aquelas serpentes já não pisoteadas

Parecem paradas,

Não rastejam procurando pés,

Posto que ao revés

Foram-se, as convivas, acotoveladas.

Deixam de soar os sinos

E o suor esparrama nas costas.

O que as verdades mostram

É que são todas verdades

E, pra mais barbaridades,

Já não existe mentira,

Já que toda aquela ira

Agora é julgamento.

Culminando este tormento

Todos os poetas enlouquecem,

Visto que sempre envelhecem

De dor no coração.

E agora já mais não

Porque é de tudo o fim

Enquanto os anjos serafins

Deixam-nos birutas

Tomando os cânticos em disputa,

Aliviando os lamentos,

Tirando o sustento

Daqueles que antes tinham esta batuta.

Tarcízio
Enviado por Tarcízio em 04/02/2012
Código do texto: T3479886
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